quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Olhe para trás, sempre.

Não. Não vou relatar todos os detalhes. São parte da minha intimidade com meus crimes, e não devo me ater ao terror, por generosidade à sua leitura. Deixarei que o fascínio se mostre nos relatos. Basta para isso saber que nas ruas escuras há sempre uma companhia com você. E a penumbra é o maior motivo para seu medo. Se pelo menos você olhasse para trás, poderia correr, fugir, mas não, há algo em você que prefere o vacilo, a dúvida, a prepotência e o risco imbecil de preferir encarar o desconhecido, medir forças talvez. Ninguém nestas condições está preparado para partir, é sempre gente que ama viver, trabalha muito, estuda, produz bastante, ou mesmo está somente se divertindo, até demais, na minha opinião.
Seria simples se a humanidade não se perdesse nos próprios descuidos. Eu já previa isso, em pleno século XIX eu vi o homem caminhando para o seu poço de orgulho. E neles, chafurdou, junto com suas pretensões ao bem estar comunitário. Assim eu persigo os motivos menos aparentes, olhando a humanidade caminhando lenta e preguiçosamente sobre seus constantes erros. Crentes, ou não, tudo seria muito mais simples se apenas olhassem para trás, admitindo que o perigo pode lhes ser prejudicial. Olhar para trás, pode fazer a diferença.

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